domingo, 31 de julho de 2011

    Empresas criam seu próprio “Facebook” para melhorar a comunicação entre funcionários

     Redes sociais corporativas abrem espaço para discussão, mas pede regras de conduta

     Imagine o perfil em uma rede social cujo dono publica fotos do último evento da empresa em vez de fotos da balada. O botão “Curtir” é usado em tópicos que discutem novos projetos da companhia em que se trabalha e uma das pessoas “seguidas” é nada menos que o presidente mundial da corporação. 
    Uma página assim poderia ser, com exagero, o Facebook ou o Twitter de um trabalhador apaixonado pelo que faz, mas perfis assim existem. Trata-se de páginas encontradas em redes sociais corporativas, desenvolvidas especialmente para serem usadas entre funcionários das empresas e às vezes abertas também a colaboradores indiretos. 

     O objetivo da adoção desse tipo de recurso é tornar mais eficiente a comunicação interna entre várias áreas de grandes empresas, sem o tom estritamente formal de reuniões.

    Com uma rede social focada no trabalho, as companhias buscam oferecer um espaço para debates, estimulando a inovação a partir da colaboração e interação entre pessoas com interesses comuns, mesmo quando estão a milhares de quilômetros de distância.

    Carolina Terra, pesquisadora de mídias sociais e comunicação organizacional, explica que as redes sociais corporativas apareceram no Brasil após algumas companhias usarem blogs corporativos para “quebrar o gelo” entre presidentes, diretores e seus funcionários. Prática que começou em meados de 2008.
- Ao mesmo tempo em que a rede social corporativa encurta as distâncias para a colaboração e tem um tom informal, sem deixar de ser profissional, permite que os gestores tenham um diferencial em relação a uma troca de e-mails, por exemplo.

Segundo a pesquisadora, “a rede interna oferece um retorno em tempo real sobre as ideias e os projetos de seus usuários”.

Siga o presidente da empresa 
A exemplo da análise de Carolina, a Dell implantou o Chatter, uma rede social corporativa que permite a comunicação entre várias unidades da empresa espalhadas pelo mundo. Para facilitar o uso, a companhia desenvolveu a rede com recursos parecidos com o que existe nas mais tradicionais, como Facebook, Orkut e Twitter.

Pelo Chatter, é possível criar um grupo público - para todos os participantes - ou privado, quando apenas seus contatos visualizam as publicações. A interação pelo Chatter permite ainda seguir e ser seguido por Michael Dell, presidente mundial da empresa e “curtir” as publicações, além de compartilhar e editar arquivos em grupo.

Ana Evangelista, gerente de comunicação corporativa da Dell Brasil, diz que o fato de a empresa ter uma rede interna com funções comuns com as redes sociais tradicionais facilita a adesão dos funcionários.

- Temos uma apresentação que funciona como um tutorial para que o novo usuário conheça as funções, mas os recursos são intuitivos e interativos. É uma forma direta de se comunicar sobre assuntos de trabalho, o que não acontece no Facebook, por exemplo.

Profissional x pessoal 
Por serem relativamente novas, as redes sociais corporativas são mais comuns em empresas que lidam com tecnologia. As companhias têm basicamente duas opções: desenvolver do zero uma rede com desenho e funcionalidades feitas sob medida ou recorrer a serviços pagos que oferecem a plataforma técnica, já com funcionalidades de bate-papo, fórum, e álbuns, bastando apenas que a empresa mude o visual de acordo com a sua marca.

A empresa de software TOTVS investiu recentemente na criação de uma rede exclusiva em que seus usuários têm acesso integrado ao seu Facebook, Twitter, YouTube e LinkedIn. A mudança do perfil pessoal para o profissional acontece em apenas um clique.

Para Rafael Ramos, mestre em sistemas de gestão, essa integração funciona e, diferentemente do que se imagina, não tira o foco do objetivo da rede corporativa, que é discutir assuntos profissionais.

- Se o usuário for bem orientado, ele vai saber usar bem as duas coisas. Desligar o mundo externo e fazer com que as pessoas se relacionem apenas com a empresa é um erro.

Segundo Ramos, dosar os interesses profissionais e pessoais discutidos nas redes sociais é um desafio para as empresas.

- Porque quando você cria uma barreira do profissional com o mundo de fora naturalmente se cria uma barreira de coisas novas que o profissional pode buscar lá fora e trazer para e empresa.

RH dá dicas de como proceder nestas redes 
Os cuidados usados em uma rede social corporativa devem ser basicamente os mesmos ao se usar a internet, de acordo com uma especialista em Recursos Humanos ouvida pelo R7. Assuntos extremamente pessoais como valores de salário, intimidades e linguagem vulgar não devem ser publicados.

Para a consultora de RH, Andrea Huggard-Caine, a implantação de uma rede social corporativa pode não ser tão fácil quanto parece, pois pode implicar em dificuldades de adaptação dos funcionários.

- Por ser um recurso novo, nem sempre fica claro o que é social e o que é trabalho. Redes sociais têm um componente de voluntariado. A pessoa tem que querer participar.

Andrea cita que uma boa maneira de o funcionário aderir, é a empresa estimular o hábito de usar a rede social corporativa.

- Mais do que treinamento, é uma questão de estimular o hábito. A rede social tem que ter um benefício real no dia a dia, que costuma ser bastante corrido nas corporações.


FONTE: www.r7.com.br


O que é a circular de oferta de franquias?

Conhecido como COF, o documento estabelece todas as condições do negócio


Caderno e caneta

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O que é a circular de oferta de franquias?
Respondido por Claudia Bittencourt, especialista em franquias
São Paulo - A COF (circular de oferta de franquias) é tão importante que a lei de Franquias, Lei 8.955/94, destaca todas as informações que devem ser inseridas nela e assegura ao interessado o prazo mínimo de dez dias para analisá-la sem correr o risco de perder o negócio.
É na COF que estão as informações que formarão o conhecimento do interessado sobre o negócio, como o histórico resumido, forma societária e nome completo ou razão social do franqueador e de todas as empresas a que esteja diretamente ligado, bem como os respectivos nomes de fantasia e endereços.
Informações financeiras, como balanços e demonstrações financeiras da empresa franqueadora relativos aos dois últimos e indicação precisa de todas as pendências judiciais em que estejam envolvidos o franqueador, as empresas controladoras e titulares de marcas, patentes e direitos autorais relativos à operação.
Uma descrição detalhada da franquia, com a visão geral do negócio e das atividades que serão desempenhadas pelo franqueado, o perfil do franqueado ideal e os requisitos quanto ao envolvimento direto do franqueado na operação e na administração do negócio também devem estar na COF.
Outras especificações são essenciais, como o total estimado do investimento inicial necessário à aquisição, implantação e entrada em operação da franquia, o valor da taxa inicial de filiação ou taxa de franquia e de caução e o valor estimado das instalações, equipamentos e do estoque inicial e suas condições de pagamento.
A COF deve trazer informações claras quanto às taxas periódicas e outros valores a serem pagos pelo franqueado ao franqueador, detalhando as respectivas bases de cálculo e como serão usados. Esta lista inclui a remuneração periódica pelo uso do sistema, da marca ou em troca dos serviços efetivamente prestados pelo franqueador ao franqueado (royalties), o aluguel de equipamentos ou ponto comercial, a taxa de publicidade ou semelhante e o seguro mínimo.
Para informar o candidato, a COF traz a relação completa de todos os franqueados da rede, bem como dos que se desligaram nos últimos doze meses, com nome, endereço e telefone.
Em relação ao território, deve ser especificado se é garantida ao franqueado exclusividade ou preferência sobre determinado território e se há possibilidade do franqueado realizar vendas ou prestar serviços fora de seu território ou realizar exportações.
O documento fala ainda de informações claras e detalhadas quanto à obrigação do franqueado de adquirir quaisquer bens, serviços ou insumos apenas de fornecedores indicados e aprovados pelo franqueador, oferecendo ao franqueado relação completa desses fornecedores.
É na COF que o franqueado conhece os seus direitos e o que via receber do franqueados, como supervisão de rede, orientação, treinamento, manuais de franquia, auxílio na análise e escolha do ponto e layout e padrões arquitetônicos nas instalações.
Ainda como proteção, o franqueado conhece a situação da marca e patentes perante o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Fica definido no documento como o franqueado deve agir caso o contrato expire e quais informações são consideradas segredo de indústria. Por fim, a COF traz um modelo do contrato-padrão e, se for o caso, também do pré-contrato-padrão de franquia adotado pelo franqueador, com texto completo, inclusive dos respectivos anexos e prazo de validade.
O que fazer quando o franqueador não dá o suporte que prometeu?


Claudia Bittencourt é especialista em franquias e diretora e sócia-fundadora da Bittencourt Consultoria. 



FONTE: EXAME ONLINE @EXAME

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Não Quer Ser Enganado? Aprenda Contabilidade.

Images (1)Se eu fosse Ministro da Educação, eu tornaria obrigatório um curso introdutório de Contabilidade para todo curso médio.
Permitiria todos cuidar melhor de suas finanças, e não ser enganados por trapaceiros. 
Mas mais importante, quem estuda Contabilidade observa o mundo sempre de dois ângulos, o famoso ângulo do débito e o ângulo do crédito.
A maioria das demais ciências olha o mundo de um único ângulo, da matéria, da economia, do ponto de vista do trabalhador. São ciências unidimensionais.  
Depois de ser treinado em Contabilidade, você sempre questionará alguns conceitos que contagiam a mente das pessoas. 

Quando alguém me diz que possui um Direito Adquirido, eu sempre respondo "Contra Quem?"
"Como contra quem, contra ninguém, é um direito meu.", como no caso da aposentadoria. 
Mas um contador saberá que os aposentados se aposentam retirando dinheiro da nova geração, o famoso pacto entre gerações que vocês nunca assinaram. 
O direito de um é a obrigação do outro. Débito e Crédito. 
Quando compramos um título público de R$ 100.000,00 sempre questionamos para onde vai este dinheiro, e como o governo vai nos devolver um dia o empréstimo. Compramos um crédito sem saber onde será o débito.
A maioria das pessoas não faz isto, e não sabe que o dinheiro é usado para pagar aposentadorias ou juros de investidores anteriores. Em vez do débito ser um investimento de longo prazo, é uma despesa que desaparecerá para sempre.
Por isto, prefiro comprar ações de empresas sérias, onde o crédito vira um investimento como débito. Os R$ 100.000,00 vão ser investidos em equipamentos produtivos. 
Existem inúmeras situações onde é importante você ver estes dois ângulos sem pensar, como reflexo instintivo.
Débito. Onde foi o dinheiro?
Crédito. De onde veio?
Débito. Para quem é?
Crédito. Quem deu?
Débito. Se eu entrei.
Crédito. Como vou sair? (de um investimento, de uma sociedade, de um contrato) 
Débito. Direitos.
Crédito. Obrigações.
Débito. Se não paguei.
Crédito. Como será a dívida?
Nenhuma outra ciência faz isto, olhar o mundo de dois ângulos continuamente.
Quando um corretor vem nos vender no lançamento um terreno na praia, nós imediatamente pensamos como iremos vender este mesmo terreno no futuro, sem lançamentos e custosos anúncios que chamaram a nossa atenção.
Quando um Professor da USP me diz que espera ansiosamente se aposentar aos 70 anos, eu logo penso, com o dinheiro de quem?
99% dos brasileiros contribuem com 25% dos seus salários, e não pensam duas vezes para onde este dinheiro vai. Assustador que seus pais que contribuíram por 30 anos, nunca pensaram no Débito, onde aquela dinheirama toda está sendo investida, se é que está.
E acham que tem o direito de se aposentarem, se o dinheiro sumiu. 
Nem se preocuparam em averiguar se o débito ia para um fundo financeiro e atuarial, como reza a nossa constituição, ou se os nossos Ministros da Fazenda fizeram uso do dinheiro parado por 30 anos. Será que você tem direito a um crédito ? 
Quase todas as minhas críticas aos economistas, gira em torno dos rudimentos de Contabilidade.
Confundem regime de caixa com regime de competência, misturam juros nominais com taxa de desemprego, extraem e exportam minério e não deduzem (o crédito) do nosso patrimônio nacional.
Acham que exportar minério nos faz mais ricos, esquecendo-se que nos faz mais pobres. 
Por isto, vou tentar me lembrar de dar algumas aulas aqui. É tudo muito simples, mas precisa treinamento.
Por isto, um curso de quatro meses é essencial.
Não conheço nenhuma pessoa rica que não entenda de Contabilidade. Uma das razões na nossa pobreza endêmica.